Bem vindos à minha fábrica de sonhos!

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

The Big Machine 3 - Apocalipse 4

Estou super bonzinho hoje, espero que tenham gostado da surpresa!


- Eu estou com uma sensação estranha, Ray... – disse uma chorosa Fábia, estendendo os braços para sua melhor amiga, pedindo um abraço.
- O que você tem Fáh? O que tem de errado? – Ray ficou preocupada. Quando Fábia tinha aquelas sensações, algo de ruim estava prestes a acontecer. – é uma daquelas sensações estranhas?
- Sim... É um peso... Uma coisa ruim...
- Talvez você só esteja sendo afetada de alguma forma por tudo isso o que está acontecendo – Ray deu de ombros e ofereceu uma balinha para amiga.
- Tem razão... Talvez só seja impressão minha mesmo – e sorriu. – eu não gosto de briga, Ray, isso me deixa tão triste! Nós éramos tão amigos! Porque a Velma está fazendo tudo isso? Por quê?
- Eu não sei não... – Ray franziu a testa e puxou um papel da bolsa – já viu a pesquisa que o Chris e o Pietro fizeram? Bate tudo de acordo! Tudo!
- Mas o que é isso? – Fábia pegou a folha com desconfiança e iniciou uma leitura rápida. – nossa! Onde vocês conseguiram isso?!
- Eu sei que não é muito confiável, mas... Wikipédia – e deu um sorriso sem graça.
- “Tendem a culpar as pessoas por seus próprios erros...” nossa, isso é pesado... – um arrepio percorreu a sua espinha. – como é o nome disso?
- Transtorno de Personalidade Limítrofe... – Christopher surgiu, vindo de fora da sala, voltando do intervalo. Apoiou-se numa das carteiras olhando sorrateiramente para o outro lado da sala. – esse negócio de ela ter trocado de lado tão de repente e ter nos visto como vilões terríveis enquanto as pessoas que ela odiava se tornaram mocinhos aos seus olhos só reforça a nossa teoria... O Limítrofe tende a ver as pessoas como totalmente boas ou totalmente ruins... Se você faz algo de mal para ele, você se torna uma pessoa ruim, e se você for mal e fizer uma coisa boa, você se torna bom pra ele de repente... Se lembra que ela falava tão mal da Alberta e da Úrsula e agora só vive no meio delas?
- Tem razão! – Fábia deu um pulo na cadeira e largou a folha como se ela fosse amaldiçoada. – Nossa, Chris! Estamos lidando com alguém perigoso...
- Devemos apenas tomar cuidado... Agora que ela juntou um exército que não para de passar trotes pros telefones da Augusta e da Miranda, sabe mais o que ela não é capaz de fazer...
- Se olhar feio matasse, já estaríamos mortos – riu Pietro, fazendo um gesto com o queixo para o trio parada dura do outro lado da sala de aula. Alberta, Úrsula e Velma repentinamente abriram cadernos, livros e desconversaram. Estavam encarando descaradamente.
- Bando de idiotas... – bufou Augusta. – deixa só eles saberem quem é essa menina...

Base Tecnológica Secreta, Norte do Estado.

- O hacker já desistiu? – perguntou o Coronel, trazendo uma xícara de café para a comandante.
- Não, infelizmente. – ela suspirou. Eles estavam sujos, cansados e com fome, não podiam pregar os olhos nem por um instante, um passo em falso e as portas estariam abertas para o invasor tomar o controle da base de uma vez por todas. – não conseguimos rastreá-lo! Não sabemos de onde os ataques estão vindo! A única saída é reforçar o firewall e ficar atualizando assim...
Um dos oficiais, quase um zumbi, pronunciou-se.
- É como se houvesse uma espécie de campo magnético impedindo o rastreamento, mas sabemos que não está muito longe, nosso sinal volta quando para no terminal de Macapá... – aquele homem parecia muito mais morto do que vivo.
- Sabe o que isso quer dizer? – fez o Coronel, misterioso.
- O que?! – perguntaram os oficiais em uníssono, despertos repentinamente.
- ALIENÍGENAS! – o Coronel ergueu um dos punhos e semicerrou os olhos, vasculhando a sala em busca de alguma reação em concordância. Ninguém se pronunciou, pelo contrário, eles se entreolharam, sérios, e voltaram ao trabalho como se nada tivesse sido dito ali naquela sala.
- ACHAMOS! ACHAMOS! – urrou um oficial. – ACHAMOS A FONTE DOS ATAQUES!
Todos os presentes na sala voltaram suas cabeças para o homem, e uma manada de curiosos e desesperados, loucos pela solução dos ataques, amontoou-se ao redor da mesa do indivíduo.
- BAIRRO CENTRAL DE MACAPÁ! CENTRO DE ENSINO CYCLONE! – urrou o homem. Deu um murro na mesa e girou sua cadeira para o Coronel. Tomou um susto ao ver que o velho o encarava, assim como toda a sala, apreensivos.
- Está me dizendo que alguém está tentando invadir a nossa central de dentro de uma escola particular?! – o Coronel estava bestificado. – estamos sofrendo ataques de amadores?!
- Não são amadores, senhor. – disse a comandante – eles estavam protegidos por um código de linguagem estranha, nosso computador demorou todo esse tempo para decifrá-lo...
Um grito pegou de sobressaltou a todos. Um dos homens levantou-se da cadeira, derrubando-a e apontando para a tela do seu computador, nervoso.
- OLHEM! VEJAM! – os oficiais levantaram-se e correram em direção ao monitor. Na tela, o decimal 44 piscava na cor verde.
- Tarde demais. – gemeu a comandante – fomos invadidos!
Os alarmes soaram e os computadores foram automaticamente desligados pelo sistema de segurança.
- MERDA, MERDA, MERDA! – urrava o Coronel. – estamos perdidos! O que o presidente vai achar disso?!

- Droga... O que aconteceu?! – Augusta ligava e desligava seu telefone, retirava a bateria e punha de novo, em um ciclo vicioso e repetitivo que deixaria a qualquer um agoniado. A esta altura, todo o Apocalipse Club estava de olho naquela situação, acompanhando a frustração da garota.
- O que foi Guta? – Fábia aproximou-se.
- Eu não sei! A Tim saiu do ar... – ela franziu a testa e desligou o aparelho mais uma vez. – eu pensei que fosse problema no aparelho, mas não é...
- A Vivo também... – afirmou Ray Ann, puxando seu telefone do bolso.
Mal nossos heróis, tão adolescentes e tão comuns quanto outros quaisquer sabiam que o mesmo havia acontecido no estado inteiro, e não só com as redes de telefonia. A internet simplesmente saiu do ar, o telefone ficou mudo, as linhas desapareceram, deixando a rede bancária em atividade suspensa, e consequentemente, a rede comercial também, o sistema de débito e crédito foi comprometido na mesma hora. A cidade parou repentinamente.
A diretora do colégio, Odilene, uma senhora gorducha de maquiagem pesada, surgiu à porta da sala gritando, toda descabelada. Os alunos entraram em estado de choque, ficaram completamente sem reação.
- O EXÉRCITO, O EXÉRCITO! – berrava a mulher, sacudindo suas banhas no vão da porta como se o mundo estivesse acabando. E realmente estava. – O EXÉRCITO FECHOU O QUARTEIRÃO! ELES CERCARAM A ESCOLA, MEU DEUS! CERCARAM A ESCOLA!
Fábia agarrou o pescoço de Chris e Ray Ann meteu a cabeça debaixo do casaco gigantesco de Pietro. Augusta atirou a bateria do seu telefone na parede, era a única ali que falava, de modo que toda a atenção da sala de aula estava voltada para ela, revoltada com seu aparelho celular que não mandava mais mensagem alguma, nem com reza braba!
- Porcaria de telefone! – resmungou – o que é que essa mulher tá gritando aí hein?! – fez, voltando os olhos para os seus amigos. Todos como tralhotos de olhos esbugalhados – o que é?! O que foi?!
Odilene caiu à porta. Desmaiada. E o pandemônio começou.


Fim do Apocalipse Quatro!

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