- Então, Gabriela assumiu mesmo a culpa do crime sozinha?
- Sim, mamãe... Todos nós sabemos que havia alguém por trás dela, e que ela não estava com a arma nas mãos no momento em que Veronica a flagrou, mas ela insiste que fez e planejou tudo sozinha, e que a ameaça feita por celular foi feita por um qualquer, que ela contratou na rua...
- Difícil de engolir Stefan, difícil – Stella suspirou. – nunca vamos descobrir quem está por trás desse crime, mas já que Gabriela quis assumir, ela que morra e apodreça na prisão!
Stefan parecia minúsculo agora, mais cabisbaixo do que nunca. Gabriela era sua esposa, mãe de sua única filha, seria frieza demais da sua parte ignorar isso.
- Ela afirma que fez isso por mim, pela minha filha, ela queria você morta para que tivéssemos direito a toda a herança, confessou que a odiava mesmo... Foi estranho... Não parecia a Gabriela que eu conhecia, a minha mulher... – ele virou-se para o pôr-do-sol, para esconder as lágrimas, pôs a cabeça fora da janela.
- Nunca sabemos de verdade que tipo de gente temos dentro de casa. – cacarejou Stella, amarga, revoltosa.
- Ah, antes que eu me esqueça... Havia uma mensagem para você no telefone! No meu telefone! – ele virou-se rapidamente para a velha que ainda arrumava as malas. Iria passar as férias bem longe, no Brasil se fosse possível. Ela parou o que fazia na mesma hora, pega de surpresa.
- O que?! – gaguejou.
- Sim, mas não entendemos o que queria dizer...
- O que dizia a mensagem?! – exclamou a velha, aproximando-se de seu filho com os olhos esbugalhados de ansiedade.
- “No bolso do McQueen” – Stefan deu de ombros – não entendi o que queria dizer, mas estava em rascunhos, era para ter sido enviada pra você mas...
Stella sabia o que queria dizer, ela sabia o que aquilo significava.
Invadiu o closet como uma ave de rapina feroz, retirando todas as cruzetas das araras, derrubando todos os cabides e abrindo todas as gavetas.
- ONDE ESTÁ?! ONDE ESTÁ?!
- Mamãe! O que está acontecendo?! – Stefan corria atrás de sua mãe assustado com a sua reação – mamãe! A coluna, o coração! – ele repetia.
E então ela a encontrou. Uma bata extravagante, vermelha, cheia de babados, lembrava o século 16, cheia de detalhes dourados, um quê oriental pairava sobre aquela peça de roupa. Imediatamente Stella vasculhou seus bolsos, encontrando enfim o que procurava.
Era inverno, final das gravações de um filme baseado num livro... Ela não lembrava o nome... A memória lhe deixava na mão quando se tratava de detalhes... Alguém pôs algo no bolso de sua bata, e ela sorriu para esse alguém. Mas quem? Quem era?
Stella nunca chegou a ler o bilhete. Só usara aquela bata uma única vez em toda a vida, era escandalosa demais. Nunca vasculhara os bolsos para ver o que seu amigo imemorável havia posto ali dentro...
- Sim, mamãe... Todos nós sabemos que havia alguém por trás dela, e que ela não estava com a arma nas mãos no momento em que Veronica a flagrou, mas ela insiste que fez e planejou tudo sozinha, e que a ameaça feita por celular foi feita por um qualquer, que ela contratou na rua...
- Difícil de engolir Stefan, difícil – Stella suspirou. – nunca vamos descobrir quem está por trás desse crime, mas já que Gabriela quis assumir, ela que morra e apodreça na prisão!
Stefan parecia minúsculo agora, mais cabisbaixo do que nunca. Gabriela era sua esposa, mãe de sua única filha, seria frieza demais da sua parte ignorar isso.
- Ela afirma que fez isso por mim, pela minha filha, ela queria você morta para que tivéssemos direito a toda a herança, confessou que a odiava mesmo... Foi estranho... Não parecia a Gabriela que eu conhecia, a minha mulher... – ele virou-se para o pôr-do-sol, para esconder as lágrimas, pôs a cabeça fora da janela.
- Nunca sabemos de verdade que tipo de gente temos dentro de casa. – cacarejou Stella, amarga, revoltosa.
- Ah, antes que eu me esqueça... Havia uma mensagem para você no telefone! No meu telefone! – ele virou-se rapidamente para a velha que ainda arrumava as malas. Iria passar as férias bem longe, no Brasil se fosse possível. Ela parou o que fazia na mesma hora, pega de surpresa.
- O que?! – gaguejou.
- Sim, mas não entendemos o que queria dizer...
- O que dizia a mensagem?! – exclamou a velha, aproximando-se de seu filho com os olhos esbugalhados de ansiedade.
- “No bolso do McQueen” – Stefan deu de ombros – não entendi o que queria dizer, mas estava em rascunhos, era para ter sido enviada pra você mas...
Stella sabia o que queria dizer, ela sabia o que aquilo significava.
Invadiu o closet como uma ave de rapina feroz, retirando todas as cruzetas das araras, derrubando todos os cabides e abrindo todas as gavetas.
- ONDE ESTÁ?! ONDE ESTÁ?!
- Mamãe! O que está acontecendo?! – Stefan corria atrás de sua mãe assustado com a sua reação – mamãe! A coluna, o coração! – ele repetia.
E então ela a encontrou. Uma bata extravagante, vermelha, cheia de babados, lembrava o século 16, cheia de detalhes dourados, um quê oriental pairava sobre aquela peça de roupa. Imediatamente Stella vasculhou seus bolsos, encontrando enfim o que procurava.
Era inverno, final das gravações de um filme baseado num livro... Ela não lembrava o nome... A memória lhe deixava na mão quando se tratava de detalhes... Alguém pôs algo no bolso de sua bata, e ela sorriu para esse alguém. Mas quem? Quem era?
Stella nunca chegou a ler o bilhete. Só usara aquela bata uma única vez em toda a vida, era escandalosa demais. Nunca vasculhara os bolsos para ver o que seu amigo imemorável havia posto ali dentro...
Somos todos Vítimas da Moda
Não é mesmo, querida?
Beijos sabor boldo,
Black Cherry.
A velha caiu de joelhos. O coração chiou. Chiou alto demais. Stefan foi rápido, mas não rápido o bastante. Alguém descobriria a verdade um dia, a verdade sobre a morte de Lucas Lustat? Quem sabe. A filha da cereja negra, seu instrumento durante todos esses anos, jamais abriria a boca para entregar sua mãe, morreria e apodreceria na cadeia, como Stella havia previsto. E a verdade cairia no esquecimento.
Inveja, vingança ou puro desejo de morte?
Somos todos vítimas das nossas ambições. Somos todos vítimas da moda.
FIM
Créditos & Agradecimentos
Agradeço humildemente ao meu irmão intelectual Andrew Oliveira por ter cedido-me gentilmente seu Lucas Lustat num pacote DELUXE na companhia de seu alter-ego Black Cherry, sem vocês três, escritor e personagens, a Stella não seria a mesma! Desculpe por ter matado o seu Lucas, Andrew, mas alguns sacrifícios tinham de ser feitos, meu muito Obrigado!
E obrigado ao Google Images (risos) por ter me cedido as imagens de abertura de capítulo desse romance policial, espero ter me saído bem como estreante em casos policiais e mistérios! Obrigado mais uma vez, aos leitores imaginários deste blog, e desculpem se desabilitei a opção de comentários para anônimos, eu andei sofrendo cyberbullying estes últimos dias e as coisas tem sido um pouco difícil emocionalmente para mim, mas eu sou uma ostra que produz pérolas a partir das coisas ruins que nela adentram. Por isso tive de desativar os comentários por enquanto, para não colocar meu blog na linha de fogo de pessoas gordas mal intencionadas, em breve vocês poderão comentar, tudo bem?
Grandes beijos a todos que acompanharam Stella Para Sempre!
Louie Mimieux//Antonio Fernandes
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