A Princesa Obesa.
Era uma vez uma princesa tão gorda, mas tão gorda que tinha de calçar sapatos feitos de lona de circo tamanho 46, e tinha de usar vestidos feitos de lonas de circo tamanho 90, e ao se locomover parecia mais uma montanha caminhando, era a maior mulher existente em todo o mundo, e era a netinha adorada de um sultão muito poderoso e diabólico. A princesa gorda vivia muito bem enfeitada, cheia de maquiagem que a deixava branca como a neve, de batom que deixavam seus lábios vermelhos como a romã e brincos argolados tão grandes e tão reluzentes que pareciam estrelas. O véu que ela usava era o véu mais lindo de todos, e os vestidos que ela usava eram os vestidos mais lindos de todos, feitos sobre medida para ela por estilistas de cada canto do planeta trabalhando em conjunto numa só peça. Ela sempre estava muito elegante, não importava a situação, nunca tinha vergonha de sair na rua e mostrar todo aquele corpanzil gigantesco sempre enfeitado com penas, pedras preciosas, plumas e flores.
Para alimentá-la, era necessário dez carroças transbordando de comida e quase uma plantação inteira de laranjas para fazer o seu suquinho predileto. A Princesa Obesa era a jovem mais amável e simpática de todo o mundo, e nunca se cansava de contar belas estórias para as crianças pobres do reino, e nunca faltava nas suas aulas de dança, que causavam terremotos arrasadores por toda a cordilheira e tempestades de areia que duravam uma semana em todo o deserto. Os feirantes davam vivas com a sua chegada, pois ela não deixava uma banana no cacho, e o sultão com seu turbante enorme sempre satisfazia todos os caprichos de Turmalina (esse era o nome da princesa).
A cada dia que passava ela ficava maior e maior, tão grande, mas tão grande que foi necessário a construção de um palácio especial só para ela, um palácio gigantesco bem no centro da cidade, e quando digo gigantesco, não estou brincando, era maior que toda a sua cidade junta, porque era infinito e fora construído com a ajuda de um gênio muito poderoso. A princesa Turmalina vivia sentada em seu trono de rubi, rodeada dos mais belos e musculosos rapazes do reino, sempre muito bem servida das iguarias mais raras e suculentas do mundo. Ela vivia num salão enorme todo feito de ouro e enfeitado com as mais raras plantas e espécies de animais, com grossas cortinas de veludo e pesados lustres de diamantes, sua vida era um luxo só e ela sequer se importava se estava ficando maior a cada dia.
Só que houve uma seca devastadora, e uma tempestade de areia que durou seis meses, e isso parou toda a rota comercial, o que impediu a chegada de comida vinda da cordilheira ou do deserto, porque terremotos horríveis estavam sacudindo a terra e só aumentavam cada vez mais e mais. As casas já estavam desabando e pesados cubos de neve já vinham descendo a montanha, Turmalina estava ficando louca porque não tinha comida, e já havia devorado dois de seus servos, o que estava deixando o sultanato cada vez mais alarmado com a situação. Eles adoravam a jovem Turmalina e a sua beleza gigantesca e extraordinariamente gorda, mas e se por um acaso ela resolvesse devorar o reino inteiro se a tempestade de areia não parasse?
Os súditos do sultão se juntaram para construir o maior ventilador já construído de todos os tempos, e ao ligá-lo em uma das tomadas do imenso castelo de Turmalina, toda a areia vermelha foi soprada para longe. E quando finalmente a poeira baixou, eles descobriram o motivo de tanto sacolejo nas terras secas e calorentas do deserto: um gigante azul estava à caminho da cidade, e podia ser visto a muitos e muitos quilômetros de distância. Os merceeiros e os mercenários trataram de montar os seus dromedários e ir ter com o gigante azul com orelhas de cabra, e ao retornar da aventura, os viajantes trouxeram um boato que deixou todo mundo muito feliz, o reino todo ficou em festa!
O tal do gigante azul vinha para desposar Turmalina! Sim, ele iria tomar a imensa neta do Sultão como esposa! Não era maravilhoso?! Eis que foi preparada uma festa, a festa mais luxuosa já vista em todo o deserto, e houve muitos comes e bebes, havia tanta comida, tanta comida, que nem Turmalina iria aguentar enfiar tudo goela abaixo, com meia mesa ela já encheria toda aquela sua pança enorme! Tinha comida até no teto, comida parecida com a nossa e comida que só existe no mundo deles. Tinha encantador de dragão e encantador de serpente, tinha dançarina do ventre e pavão, animais exóticos do nosso mundo e do mundo deles, cuspidores de fogo e engolidores de espada, monges que flutuavam só com o poder da mente e homens que dormiam em camas de prego.
Havia uma mulher de duas cabeças e quatro braços, havia um homem com cara de cachorro que latia de verdade e um gigante com cabeça de elefante, uma família de gente branca feito raposas e de olhos vermelhos, havia macacos e aves raras, e além disso, o rio que cortava a cidade havia sido totalmente drenado, em seu lugar agora corria um rio de vinho borbulhante!
Quando o gigante azul chegou à cidade foi a maior festa, e quando ele tomou Turmalina pelos braços, toda a cordilheira tremeu, e quando os dois se beijaram, todas as dunas do deserto mudaram de lugar, e quando eles finalmente se casaram e foram ter sua noite de núpcias lá pras bandas das montanhas, várias estrelas caíram do céu por causa dos estrondos que os dois faziam. Houve até gente que disse que o mundo ia acabar naquela noite, mas nem acabou, e assim, Turmalina e seu gigante azul querido partiram para o vasto mundo, devorando a maioria das coisas que encontravam pelo caminho, mas só o que não causava indigestão no “frágil” estômago da pequena Turmalina.
Era uma vez uma princesa tão gorda, mas tão gorda que tinha de calçar sapatos feitos de lona de circo tamanho 46, e tinha de usar vestidos feitos de lonas de circo tamanho 90, e ao se locomover parecia mais uma montanha caminhando, era a maior mulher existente em todo o mundo, e era a netinha adorada de um sultão muito poderoso e diabólico. A princesa gorda vivia muito bem enfeitada, cheia de maquiagem que a deixava branca como a neve, de batom que deixavam seus lábios vermelhos como a romã e brincos argolados tão grandes e tão reluzentes que pareciam estrelas. O véu que ela usava era o véu mais lindo de todos, e os vestidos que ela usava eram os vestidos mais lindos de todos, feitos sobre medida para ela por estilistas de cada canto do planeta trabalhando em conjunto numa só peça. Ela sempre estava muito elegante, não importava a situação, nunca tinha vergonha de sair na rua e mostrar todo aquele corpanzil gigantesco sempre enfeitado com penas, pedras preciosas, plumas e flores.
Para alimentá-la, era necessário dez carroças transbordando de comida e quase uma plantação inteira de laranjas para fazer o seu suquinho predileto. A Princesa Obesa era a jovem mais amável e simpática de todo o mundo, e nunca se cansava de contar belas estórias para as crianças pobres do reino, e nunca faltava nas suas aulas de dança, que causavam terremotos arrasadores por toda a cordilheira e tempestades de areia que duravam uma semana em todo o deserto. Os feirantes davam vivas com a sua chegada, pois ela não deixava uma banana no cacho, e o sultão com seu turbante enorme sempre satisfazia todos os caprichos de Turmalina (esse era o nome da princesa).
A cada dia que passava ela ficava maior e maior, tão grande, mas tão grande que foi necessário a construção de um palácio especial só para ela, um palácio gigantesco bem no centro da cidade, e quando digo gigantesco, não estou brincando, era maior que toda a sua cidade junta, porque era infinito e fora construído com a ajuda de um gênio muito poderoso. A princesa Turmalina vivia sentada em seu trono de rubi, rodeada dos mais belos e musculosos rapazes do reino, sempre muito bem servida das iguarias mais raras e suculentas do mundo. Ela vivia num salão enorme todo feito de ouro e enfeitado com as mais raras plantas e espécies de animais, com grossas cortinas de veludo e pesados lustres de diamantes, sua vida era um luxo só e ela sequer se importava se estava ficando maior a cada dia.
Só que houve uma seca devastadora, e uma tempestade de areia que durou seis meses, e isso parou toda a rota comercial, o que impediu a chegada de comida vinda da cordilheira ou do deserto, porque terremotos horríveis estavam sacudindo a terra e só aumentavam cada vez mais e mais. As casas já estavam desabando e pesados cubos de neve já vinham descendo a montanha, Turmalina estava ficando louca porque não tinha comida, e já havia devorado dois de seus servos, o que estava deixando o sultanato cada vez mais alarmado com a situação. Eles adoravam a jovem Turmalina e a sua beleza gigantesca e extraordinariamente gorda, mas e se por um acaso ela resolvesse devorar o reino inteiro se a tempestade de areia não parasse?
Os súditos do sultão se juntaram para construir o maior ventilador já construído de todos os tempos, e ao ligá-lo em uma das tomadas do imenso castelo de Turmalina, toda a areia vermelha foi soprada para longe. E quando finalmente a poeira baixou, eles descobriram o motivo de tanto sacolejo nas terras secas e calorentas do deserto: um gigante azul estava à caminho da cidade, e podia ser visto a muitos e muitos quilômetros de distância. Os merceeiros e os mercenários trataram de montar os seus dromedários e ir ter com o gigante azul com orelhas de cabra, e ao retornar da aventura, os viajantes trouxeram um boato que deixou todo mundo muito feliz, o reino todo ficou em festa!
O tal do gigante azul vinha para desposar Turmalina! Sim, ele iria tomar a imensa neta do Sultão como esposa! Não era maravilhoso?! Eis que foi preparada uma festa, a festa mais luxuosa já vista em todo o deserto, e houve muitos comes e bebes, havia tanta comida, tanta comida, que nem Turmalina iria aguentar enfiar tudo goela abaixo, com meia mesa ela já encheria toda aquela sua pança enorme! Tinha comida até no teto, comida parecida com a nossa e comida que só existe no mundo deles. Tinha encantador de dragão e encantador de serpente, tinha dançarina do ventre e pavão, animais exóticos do nosso mundo e do mundo deles, cuspidores de fogo e engolidores de espada, monges que flutuavam só com o poder da mente e homens que dormiam em camas de prego.
Havia uma mulher de duas cabeças e quatro braços, havia um homem com cara de cachorro que latia de verdade e um gigante com cabeça de elefante, uma família de gente branca feito raposas e de olhos vermelhos, havia macacos e aves raras, e além disso, o rio que cortava a cidade havia sido totalmente drenado, em seu lugar agora corria um rio de vinho borbulhante!
Quando o gigante azul chegou à cidade foi a maior festa, e quando ele tomou Turmalina pelos braços, toda a cordilheira tremeu, e quando os dois se beijaram, todas as dunas do deserto mudaram de lugar, e quando eles finalmente se casaram e foram ter sua noite de núpcias lá pras bandas das montanhas, várias estrelas caíram do céu por causa dos estrondos que os dois faziam. Houve até gente que disse que o mundo ia acabar naquela noite, mas nem acabou, e assim, Turmalina e seu gigante azul querido partiram para o vasto mundo, devorando a maioria das coisas que encontravam pelo caminho, mas só o que não causava indigestão no “frágil” estômago da pequena Turmalina.
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