Bem vindos à minha fábrica de sonhos!

sábado, 25 de abril de 2009

Sobrenatural O.o'' Sinistro...

(ainda não tive tempo de escrever um relato descente sobre uma história real de fakes, então aguardem ok?)

Sempre que a aula vai chata, sempre que estamos entediados, sempre que o sono bate à porta em plena aula de matemática DAQUELE professor, nós, do grupinho exclusivo (e excluído) do resto da sala, exercitamos a nossa língua no maior de todos os hobbies da humanidade: conversar. Existe algo melhor que isso? Expor sua opinião, relatar fatos para os amigos? Melhor que isso, só escrever ;).
De fato, nesta sexta feira, a coisa tava ruim, o professor tinha passado três questões daquelas pra toda sala resolver, e nós, discretamente, nos pusemos a conversar sobre um de nossos assuntos favoritos, o sobrenatural. Mas, como felicidade de pobre dura pouco e olhar seletivo do Jorian acaba ou em mim ou em um de meus amigos, fomos separados bem no ápice de uma história daquelas, inacreditáveis, mas que há quem comprove, e jure de pés juntos, ser verdade.
Tudo começou quando falávamos sobre a revista Mundo Estranho, e geralmente, quando conversamos, um assunto vai puxando o outro, até que eu falei dos vídeos onde aparecem espíritos que minha irmã, xeretando, resolveu mostrar para a mamãe e ela mandou eu excluir todos eles do computador ¬¬’’. A Iêda é uma enxerida nata, só sabe fazer cagada. Mexer onde não deve. E então, eu comentei uns relatos um tanto curiosos que ocorreram no final do ano passado, que aconteceram aqui mesmo, nessa cidadezinha que é e não é interior ao mesmo tempo.
Foi constatado e presenciado em um de nossos bairros periféricos, o surgimento de um homem estranho, vindo do interior do estado, ou talvez de uma das ilhas do arquipélago do Marajó, que, segundo passantes e frequentadores de uma movimentada rua do tal bairro, atacou um cachorro de rua que passava e comeu-o pela metade. Pode rir à vontade, mas há pessoas que comprovam o ocorrido, é só perguntar, aqui em Macapá, todo mundo conhece todo mundo e é rapidinho que você encontra alguém que chegou a ver o tal ato mórbido do “homem”, que devorou o cachorro arrancando pedaços de sua carne e metendo-o na boca, mastigando e sugando seu sangue, uma cena nojenta, sem dúvidas. Mas a coisa piora quando ele se cansa do cachorro e ataca uma transeunte que assistia à cena enquanto passava, enojada, pelo cenário da atrocidade. O dito cujo arrancou um pedaço do braço da mulher e rugiu para os outros transeuntes que ninguém deveria se meter, ou ele comê-lo-ia também. Uns rapazes que passavam por lá, deram chutes e pontapés no homem que largou a mulher – com um pedaço do braço dela na boca – e correu para o meio do mato. Um vampiro talvez.
A polícia foi acionada, mas até hoje, o homem está desaparecido e desconhecido de todos.
Entre outros casos pouco confiáveis, estão o de um homem que foi atacado por um vulto misterioso próximo à sua casa e um maluco que dizia ter um celular dentro da barriga pelo qual conversava com a sua tia morta. Bêbados com certeza.
Mas em tempos que são considerados heróis aqueles que manipulam as emoções do público e dos participantes de um reality show, qualquer coisa pode ser verdade. Já dizem os profetas do século XXI: A morte de Dercy Gonçalves é o primeiro dos sinais do grande cataclismo seguinte, que acarretará no último dos apocalipses.
Pois é, é o que dizem, e vocês sabem que eu sou a voz do povo. Nada do que eu digo vem de fontes desconfiáveis, e eu meço bem as palavras antes de proferi-las. -.-
Se bem que isso tudo talvez seja só um grande besteirol, mas de fato, algo muito estranho está acontecendo no nosso mundo, se vocês perceberem, muitos são os sinais, e eles estão em toda a parte. A natureza é um ser vivo, um ser único composto de milhares de outros seres, um ser com sentimentos, um ser com memória, um ser que tem raiva e que vai aniquilar da face da terra aquele vírus maldito que se alastra pela superfície de todos os continentes como uma praga de gafanhotos a devorar a safra de milhares de anos de cultivo: o ser humano. A resposta à isso é o ressurgimento do antinatural, a volta do caos primitivo, que tinha o mundo mais em ordem do que está agora.
O que estou tentando dizer é que: a natureza é composta de espíritos, entidades não-materiais que estão se manifestando mais uma vez para defender o que é deles por direito: o mundo. Já diziam os antigos: Há mais mistérios entre o céu e a terra do que podemos imaginar. E em tempos de decadência e crise financeira, não duvidem de nada, e não riam, pois o fim está próximo.
Essa é uma frase bem clichê, mas que vai ter um significado marcante daqui a alguns anos. De qualquer modo, daqui há cem anos o petróleo do mundo vai acabar e a raça humana entrará numa era das trevas mesmo...
Eu já disse que sou apocalíptico, então, não reparem nas minhas viagens.
De fato, enquanto comentávamos relatos estranhos acontecidos com amigos de amigos, conhecidos e parentes, constatei que aos cinco anos, minha irmã viu o chupacabra – um monstrinho pequeno que parece um canguru de rosto deformado com super-orelhas que ADORA carne macia e sangue fresquinho – entre outras coisas.
De fato, como Pedro disse, o pai dele vez ou outra saía pra caçar, e em seu retorno, sempre voltava com uma história duvidosa contada pelos outros caçadores e fazendeiros. Mas a que mais marcou em sua memória jovem, foi a do Encantado – assim chamarei a história.
Segundo ele, lá pelas bandas do quilômetro 21, ramais adentro, entre terrenos e terreiros, há um olho d’água. E como rezam as lendas amazônicas, todo olho d’água tem uma mãe. Esta, como outra qualquer nascente misteriosa, tem as suas regras: não visitá-la depois das seis da tarde e não provocar a entidade mãe à noite com barulho qualquer que a acorde de seu sono. Lá próximo, morava uma velha, e essa velha era curandeira-rezadeira, descendente dos velhos índios místicos que habitavam as nossas terras, os ditos “Penas-Brancas”. Essa velha tinha um filho, que não respeitava nenhum dos ensinamentos antigos, e ao ouvir a história do olho d’água, resolveu provocar a mãe da nascente, para ver o que acontecia. Após as seis, ele visitou o local e pôs-se a fazer “zoada”, como dizem os antigos, e eis que a entidade ficou furiosa, transformando-o numa enorme cobra na mesma hora.
O garoto foi dado como desaparecido e muitos vasculharam toda área, sem sucesso. O garoto havia sumido mesmo. A mãe, desesperada, não sabia mais o que fazer, e então resolveu participar de um culto de umbanda, em um terreiro de macumba próximo, a fim de receber notícias do filho. E eis que o espírito da criança baixou no dono do terreiro, e este contou o final trágico de seu desafio bobo às leis dos antigos, e pediu para que o homem que havia recebido seu espírito fosse sozinho ao local com todos os recursos para desfazer o encanto.
Ao chegar lá, o homem deparou-se com a cobra imensa, tão grande, mas tão grande, que quando ele fugiu de medo do local, a monstruosa sucuri ainda não havia saído toda de seu esconderijo. O homem provavelmente abandonou a macumba pra sempre e se converteu. O terreiro finalizou os cultos. E por fim, o olho d’água foi abandonado, ninguém mais vai até lá, com medo de encarar os olhos suplicantes da cobra. Até hoje o garoto é dado como desaparecido pela polícia. Porque a mãe dele não foi até lá e rezou um encantamento para desfazer o feitiço? Eu não sei. Provavelmente a mãe do olho d’água não permite que ele apareça para a mãe dele.
O Pedro não me disse se a mãe do garoto está viva ou não, talvez tenha dito, mas eu não me lembro.
Qualquer coisa, é só ir até o quilômetro 21 perguntar sobre o olho d’água abandonado.
Vai.
Duvido que você tenha coragem. ; )

3 comentários:

  1. El chupa cabra! O_O
    ahaha
    adoro essas histórias!
    Ao mesmo tempo nos deixam com medo e curiosos

    =]

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  2. Você escreve tão bem *-*
    Nem dá coragem de parar de ler *-*

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  3. mentiraaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa

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E então? O que achou?