
Sempre que a aula vai chata, sempre que estamos entediados, sempre que o sono bate à porta em plena aula de matemática DAQUELE professor, nós, do grupinho exclusivo (e excluído) do resto da sala, exercitamos a nossa língua no maior de todos os hobbies da humanidade: conversar. Existe algo melhor que isso? Expor sua opinião, relatar fatos para os amigos? Melhor que isso, só escrever ;).
De fato, nesta sexta feira, a coisa tava ruim, o professor tinha passado três questões daquelas pra toda sala resolver, e nós, discretamente, nos pusemos a conversar sobre um de nossos assuntos favoritos, o sobrenatural. Mas, como felicidade de pobre dura pouco e olhar seletivo do Jorian acaba ou em mim ou em um de meus amigos, fomos separados bem no ápice de uma história daquelas, inacreditáveis, mas que há quem comprove, e jure de pés juntos, ser verdade.
Tudo começou quando falávamos sobre a revista Mundo Estranho, e geralmente, quando conversamos, um assunto vai puxando o outro, até que eu falei dos vídeos onde aparecem espíritos que minha irmã, xeretando, resolveu mostrar para a mamãe e ela mandou eu excluir todos eles do computador ¬¬’’. A Iêda é uma enxerida nata, só sabe fazer cagada. Mexer onde não deve. E então, eu comentei uns relatos um tanto curiosos que ocorreram no final do ano passado, que aconteceram aqui mesmo, nessa cidadezinha que é e não é interior ao mesmo tempo.

A polícia foi acionada, mas até hoje, o homem está desaparecido e desconhecido de todos.
Entre outros casos pouco confiáveis, estão o de um homem que foi atacado por um vulto misterioso próximo à sua casa e um maluco que dizia ter um celular dentro da barriga pelo qual conversava com a sua tia morta. Bêbados com certeza.
Mas em tempos que são considerados heróis aqueles que manipulam as emoções do público e dos participantes de um reality show, qualquer coisa pode ser verdade. Já dizem os profetas do século XXI: A morte de Dercy Gonçalves é o primeiro dos sinais do grande cataclismo seguinte, que acarretará no último dos apocalipses.
Pois é, é o que dizem, e vocês sabem que eu sou a voz do povo. Nada do que eu digo vem de fontes desconfiáveis, e eu meço bem as palavras antes de proferi-las. -.-
Se bem que isso tudo talvez seja só um grande besteirol, mas de fato, algo muito estranho está acontecendo no nosso mundo, se vocês perceberem, muitos são os sinais, e eles estão em toda a parte. A natureza é um ser vivo, um ser único composto de milhares de outros seres, um ser com sentimentos, um ser com memória, um ser que tem raiva e que vai aniquilar da face da terra aquele vírus maldito que se alastra pela superfície de todos os continentes como uma praga de gafanhotos a devorar a safra de milhares de anos de cultivo: o ser humano. A resposta à isso é o ressurgimento do antinatural, a volta do caos primitivo, que tinha o mundo mais em ordem do que está agora.
O que estou tentando dizer é que: a natureza é composta de espíritos, entidades não-materiais que estão se manifestando mais uma vez para defender o que é deles por direito: o mundo. Já diziam os antigos: Há mais mistérios entre o céu e a terra do que podemos imaginar. E em tempos de decadência e crise financeira, não duvidem de nada, e não riam, pois o fim está próximo.
Essa é uma frase bem clichê, mas que vai ter um significado marcante daqui a alguns anos. De qualquer modo, daqui há cem anos o petróleo do mundo vai acabar e a raça humana entrará numa era das trevas mesmo...

De fato, enquanto comentávamos relatos estranhos acontecidos com amigos de amigos, conhecidos e parentes, constatei que aos cinco anos, minha irmã viu o chupacabra – um monstrinho pequeno que parece um canguru de rosto deformado com super-orelhas que ADORA carne macia e sangue fresquinho – entre outras coisas.
De fato, como Pedro disse, o pai dele vez ou outra saía pra caçar, e em seu retorno, sempre voltava com uma história duvidosa contada pelos outros caçadores e fazendeiros. Mas a que mais marcou em sua memória jovem, foi a do Encantado – assim chamarei a história.
Segundo ele, lá pelas bandas do quilômetro 21, ramais adentro, entre terrenos e terreiros, há um olho d’água. E como rezam as lendas amazônicas, todo olho d’água tem uma mãe. Esta, como outra qualquer nascente misteriosa, tem as suas regras: não visitá-la depois das seis da tarde e não provocar a entidade mãe à noite com barulho qualquer que a acorde de seu sono. Lá próximo, morava uma velha, e essa velha era curandeira-rezadeira, descendente dos velhos índios místicos que habitavam as nossas terras, os ditos “Penas-Brancas”. Essa velha tinha um filho, que não respeitava nenhum dos ensinamentos antigos, e ao ouvir a história do olho d’água, resolveu provocar a mãe da nascente, para ver o que acontecia. Após as seis, ele visitou o local e pôs-se a fazer “zoada”, como dizem os antigos, e eis que a entidade ficou furiosa, transformando-o numa enorme cobra na mesma hora.

Ao chegar lá, o homem deparou-se com a cobra imensa, tão grande, mas tão grande, que quando ele fugiu de medo do local, a monstruosa sucuri ainda não havia saído toda de seu esconderijo. O homem provavelmente abandonou a macumba pra sempre e se converteu. O terreiro finalizou os cultos. E por fim, o olho d’água foi abandonado, ninguém mais vai até lá, com medo de encarar os olhos suplicantes da cobra. Até hoje o garoto é dado como desaparecido pela polícia. Porque a mãe dele não foi até lá e rezou um encantamento para desfazer o feitiço? Eu não sei. Provavelmente a mãe do olho d’água não permite que ele apareça para a mãe dele.
O Pedro não me disse se a mãe do garoto está viva ou não, talvez tenha dito, mas eu não me lembro.
Qualquer coisa, é só ir até o quilômetro 21 perguntar sobre o olho d’água abandonado.
Vai.
Duvido que você tenha coragem. ; )
El chupa cabra! O_O
ResponderExcluirahaha
adoro essas histórias!
Ao mesmo tempo nos deixam com medo e curiosos
=]
Você escreve tão bem *-*
ResponderExcluirNem dá coragem de parar de ler *-*
mentiraaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa
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