Bem vindos à minha fábrica de sonhos!

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Lilith


Aquele que uiva para a lua nas noites mais quentes

Aquele que dança na chuva usando um manto de linho e ouro

Aquele da máscara vermelha que o cega

Da coroa dourada de quatro sóis flamejantes

Aquele que governou no Japão Feudal como um demônio

Aquele que foi rei na Pérsia e na Turquia mais de uma vez

E dominou com mão de ferro toda a Rússia

Suas garras de ouro são mais compridas que o firmamento

E da sua boca jorra sangue e prazer

A pele branca como a neve

Torna-o filho do sobrenatural, do que é escuro e do que é pagão

Lilith, Rei dos Monstros

Filho da madrugada e da tempestade

Aquele que devora a arte como um canibal devora a carne do seu adversário

Aquele que suga o sangue que corre nas veias dos poetas

Que jorra dos quadros mais belos pintados pelos mais sanguinários pintores

Aquele que dança, que canta

Que atua, que muda como um caleidoscópio.

Aquele que atravessou o espaço para reinar na terra

Como o deus da Arte e do Orgasmo

O profano, mas divino

O sagrado, mas corrompido

Lilith, Rei dos Monstros

Lilith, Rei dos Monstros

Lilith, Rei dos Monstros

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