Aquele que uiva para a lua nas noites mais quentes
Aquele que dança na chuva usando um manto de linho e ouro
Aquele da máscara vermelha que o cega
Da coroa dourada de quatro sóis flamejantes
Aquele que governou no Japão Feudal como um demônio
Aquele que foi rei na Pérsia e na Turquia mais de uma vez
E dominou com mão de ferro toda a Rússia
Suas garras de ouro são mais compridas que o firmamento
E da sua boca jorra sangue e prazer
A pele branca como a neve
Torna-o filho do sobrenatural, do que é escuro e do que é pagão
Lilith, Rei dos Monstros
Filho da madrugada e da tempestade
Aquele que devora a arte como um canibal devora a carne do seu adversário
Aquele que suga o sangue que corre nas veias dos poetas
Que jorra dos quadros mais belos pintados pelos mais sanguinários pintores
Aquele que dança, que canta
Que atua, que muda como um caleidoscópio.
Aquele que atravessou o espaço para reinar na terra
Como o deus da Arte e do Orgasmo
O profano, mas divino
O sagrado, mas corrompido
Lilith, Rei dos Monstros
Lilith, Rei dos Monstros
Lilith, Rei dos Monstros
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