Bem vindos à minha fábrica de sonhos!

sábado, 8 de maio de 2010

Poemas por Jean Roger

Estou de volta agora em Maio, bem no dia do aniversário da minha irmã, para postar dois belos poemas escritos por um grande amigo meu, Jean Roger, que os cedeu gentilmente a mim numa certa madrugada, altas horas, enquanto conversávamos pelo msn. Estou postando juntamente a dedicatória que ele fez, espero que ele não se importe com isso e espero que gostem :)


- Não chore agora senhor Sol

Bem, eu acordei no meio da tarde
pois isto é quando tudo machuca muito,
eu sonho que nunca conheço ninguém na festa
e eu sou sempre o anfitrião.
Se sonhos são como filmes
então lembranças são filmes sobre fantasmas.
E depois, um dia você descobrirá
Que dez anos ficaram para trás,
ninguém te disse quando correr,
Você perdeu o tiro de partida.
Lembro-me quando tinha 13, hoje tenho 32 mas por favor não olhe pra mim agora.
Eu sou um idiota caminhando na corda fina da fortuna e fama,
eu sou um acrobata balançando trapézios através de círculos de chama.
Se você nunca fitou à distância
então sua vida é uma vergonha
e embora eu nunca vá esquecer sua face,
às vezes, eu não consigo lembrar meu nome.
Você monta em um arco-íris para alcançar o sol
mas ele está fugindo no horizonte zombando de você,
no outro dia ele estará na sua frente outra vez,
ele sempre é relativamente o mesmo
só você que está mais velho, com o fôlego mais curto.
O preço de uma memória é a lembrança de tristeza que traz
e há sempre uma última luz para apagar,
e um último sino para tocar,
e a última pessoa a sair do circo.
O tempo está passando meu caro, as canções terminan, tão mais cedo ou tarde,
senhor Sol pode não me cumprimentar amanhã
e eu pensei que tivesse algo mais à dizer.
As vezes eu me sinto em uma roda-gigante de drogados.
As vezes me pego pensando em como será um dia que eu não estiver aqui,
um dia que eu não vá acordar,
o que senhor Sol pensará? Sentirá minha falta? Chorará?
Talvez eu pense demais as vezes.
Toda luz que ilumina minha mente apaga-se à noite,
mas eu gosto de estar aqui, lar doce lar,
mesmo com todo esse frio e cansaço,
é bom esquentar os ossos em uma lareira, me é nostálgico.
Os sinos tocam nos grandes campos,
algo brilha no horizonte,
sei que não vou vê-lo novamente,
ele chamará todos para curvar-se ao seu poder,
todas as percepções da navalha que cortam apenas um pouco bem fundo,
hei, eu posso sangrar tão bem quanto qualquer um
mas eu preciso de alguém para me ajudar a dormir


Dedico à minha doce Rafaella, desculpe à demora. Espero que goste, foi um prazer faze-lo.

Jean Roger



------------------------------------------------------------------------------



- Todos


Eu pensei que pudesse ter a lua
Mas isso foi uma grande mentira
Ela me pediu calma mas isso é apenas uma desculpa
Olhe para mim, você acha que preciso de alguém?
Eu queria ter uma nave quando criança e hoje quero ter um foguete
Pois é assim que as coisas funcionam quando se é igual a mim
Odeio Outono e não me pergunte por quê
Vê aquele homem caído nas folhas?
Ele pode ser um de mim
Mas é tudo que se faz quando não há nada para fazer
Meu melhor amigo está na próxima esquina
Ele me deixou para trás para tentar se divertir
Minhas mulheres morreram comigo algum tempo atrás
Sim, elas também me deixaram
Isso te faz querer se aproximar?
Consegue vê-la esperando alguém igual a mim?
Eu estou quase lá
Sabe, eu tenho uma máquina de sonhos
Ir dormir pensando como você seria diferente se pensasse que pudesse é tranqüilizador
Acordar exatamente como dormiu é a pior parte de tudo
Todos me esperam a duas quadras daqui
Eu me viro e vou embora pois ainda não terminei
Estou apenas esperando algo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

E então? O que achou?