Bem vindos à minha fábrica de sonhos!

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Meta Alcançada


Mês anterior vencido! Até Mais!

Momento Reflexão Interna -.-

KATE NASH: o meu lado mais humano.

BJÖRK: o meu lado mais etéreo.

LADY GAGA: meu lado mais agressivo.



Momento Nostalgia


MEU COMPUTADOR ANTIGO OK, nãoriam ;-;

Momento Sem Sentido Algum ;S

MOMENTO VANESSÃO ISSO SIM, pobrezinha da traveca, ela só queria vinte reais e aquele tio armou todo aquele circo pra cima dela! SALVE VANESSÃO!

Momento #EURI (denovo)

mais uma postagem totalmente sem sentido para ocupar espaço!
WOAH!

fala sério, odeio essa vagabunda dessa Ke$ha, ela é tão vulgar quanto a porcaria desse cifrão encravado bem no meio do nome dela. Quem ela pensa que é pra falar mal da minha Britney? Grrrrr

PS: eu também não vou muito com a cara da Taylor Swift g.g

Momento #EURI


Me revoltei e vou fazer um bocado de postagens hoje, porque me decepcionei comigo mesmo ao perceber que o número de postagens vem caindo com o passar dos meses. Pois bem, aí vai uma imagem engraçada!

GATO SEM VERGONHA! grrrr

Momento Tradução!


A música a seguir faz parte da trilha sonora de Canavarlar, O Baile dos Monstros, e embala o ato seguinte à libertação de Lilith das suas correntes. Sua intérprete e compositora é a incrível artista representante da nova libertação musical, Florence Welch, vocalista do grupo musical Florence + The Machine.




Dog Days Are Over
Happiness hit her like a train on a track
Coming towards her stuck still no turning back
She hid around corners and she hid under beds
She killed it with kisses and from it she fled
With every bubble she sank with her drink
And washed it away down the kitchen sink

The dog days are over
The dog days are done
The horses are coming
So you better run

Run fast for your mother, run fast for your father
Run for your children, for your sisters and brothers
Leave all your loving, your loving behind
You cant carry it with you if you want to survive

The dog days are over
The dog days are done
Can you hear the horses?
'Cause here they come

And i never wanted anything from you
Except everything you had and what was left after that too, oh
Happiness hit her like a bullet in the mind
Struck from a great height by someone who should know better than that

The dog days are over
The dog days are done
Can you hear the horses?
'Cause here they come

Run fast for your mother, run fast for your father
Run for your children, for your sisters and brothers
Leave all your loving, your loving behind
You cant carry it with you if you want to survive

The dog days are over
The dog days are done
Can you hear the horses?
'Cause here they come

The dog days are over
The dog days are done
The horses are coming
So you better run (Here they come)

The dog days are over
The dog days are done
The horses are coming
So you better run

Os Dias de Cão Chegaram Ao Fim
Felicidade acertou ela como um trem num trilho
Vindo em sua direção, emperra, não tem volta
Ela se escondeu pelos cantos e se escondeu embaixo de camas
Ela a matou com beijos e dela ela fugiu
Com cada bolha, ela afundou com a bebida
E ela a escoou pela pia da cozinha

Os dias de cão chegaram ao fim
Os dias de cão acabaram
Os cavalos estão vindo
Então é melhor você correr

Corra depressa para tua mãe, corra depressa para o teu pai
Corra depressa para teus filhos, corra depressa Para os teus irmãos e irmãs
Deixe todo o teu amor e teu carinho para trás
Não dá pra levá-los com você se você quiser sobreviver

Os dias de cão chegaram ao fim
Os dias de cão acabaram
Você está ouvindo os cavalos?
Porque aí vêm eles

E eu nunca quis nada de você
Exceto o que você tinha e o que sobrou além disso também
Felicidade acertou ela como uma bala na cabeça
Golpeada pela imensa altura de alguém que deveria saber melhor que isso

Os dias de cão chegaram ao fim
Os dias de cão acabaram
Você está ouvindo os cavalos?
Porque aí vêm eles

Corra depressa para tua mãe, corra depressa para o teu pai
Corra depressa para teus filhos, corra depressa para os teus irmãos e irmãs
Deixe todo o teu amor e teu carinho para trás
Não dá pra levá-los com você se você quiser sobreviver

Os dias de cão chegaram ao fim
Os dias de cão acabaram
Você está ouvindo os cavalos?
Porque aí vêm eles

Os dias de cão chegaram ao fim
Os dias de cão acabaram
Os cavalos estão vindo
Então é melhor você correr! Aí vêm eles

Os dias de cão chegaram ao fim
Os dias de cão acabaram
Os cavalos estão vindo
Então é melhor você correr!

O Uivo Final

ARGH,
estou completamente desleixado com este blog. A cada mês que passa, minhas postagens vão ficando cada vez mais raras e mais curtas, porém, há muito ainda para se ver por estas páginas, temos contos, crônicas, histórias e relatos muito legais espalhados por aí, é só dar uma olhada.
A minha vida anda corrida demais, muitas aulas, muitas provas, muitos trabalhos, muitos livros e muito assunto, espero que você que cursa os primeiros anos do colegial esteja aproveitando bem seus dias de ócio, porque os dias de cão vem aí, e espero que estejam preparados emocionalmente para toda a pressão que estão prestes a receber dos professores, dos amigos, dos pais e da sociedade. O pior de tudo é tentar conciliar isso com a minha vida artística, sempre fica uma coisinha por fazer, e isso me prejudicou bastante no primeiro bimestre, fiquei quase sem nota em Física e vou ter que ralar bastante para recuperar o tempo perdido graças à produção da minha peça-obra-de-arte-mór CANAVARLAR, que em nome de Jesus, eu tenho certeza que vai pra frente.
O ruim de tudo isso é que eu estou no meu último surto artístico inspirador da adolescência, e sinto aqui no fundo do meu coração que depois disso, se não houver incentivo algum da parte de ninguém, vou acabar me tornando mais um adulto normal fracassado e alienado pelo sistema. O cérebro da produção da peça, na prática, sou eu. Eu estou correndo atrás de atores, dançarinos, patrocinadores e costureiras que montem os figurinos dos personagens principais, e são poucas as pessoas que estão me ajudando de verdade, e isto está tomando boa parte do meu tempo, o que me deixa com pouco tempo para dar atenção às matérias nas quais eu tenho dificuldade. Sem contar que é broxante ter de pegar o caderno à noite depois do dia todo na rua assistindo aula ou rodando o comércio comprando material para confeccionar as máscaras e as coroas do meu personagem.
Isso tudo está exigindo muito de mim, muito da minha parte, e às vezes eu sinto que vou pirar, mas aí eu respiro bem fundo e dou um sorriso cínico para todos os meus problemas. Sem contar é claro, com a minha vida pessoal que também não está nada calma, está um verdadeiro caos de disse-me-disse, eu estou quase me descabelando de raiva aqui. Enfim, confesso que senti certa inveja quando a notícia chegou aos meus ouvidos. Um dos meus companheiros de classe largara a escola para ir à São Paulo se dedicar à sua música, vocalista de uma banda conhecida da cidade, ele por fim se entregou a sua arte e a sua paixão. Mas porque ele tinha incentivo, ele tinha capital, ele tinha pessoas e contatos que conseguiram alçá-lo para fora do estado de uma vez, e por fim ele largou a escola bem no meio, se livrou desse martírio que é a vida de estudante. Não sei se isso é verdade, são boatos, mas que eu fiquei com INVEJA fiquei, porque eu SOU SOZINHO E NÃO TENHO APOIO DE NINGUÉM, não tenho patrocínio e não tenho quem me ajude a alavancar meus projetos de uma vez só.
Eu confio em mim, confio na minha arte e confio no que eu faço. O que me falta é alguém que realmente olhe com atenção para todo o esforço que eu faço para expressar tudo o que eu aprendi e tudo o que eu sei fazer, mas EU NÃO TENHO. Minha série de livros, "As Dellabóboras", que conta a história da vida da Afonsa tá aí, com cinco volumes em um roteiro com começo meio e fim, passei pro papel até o volume 3, mas cadê o apoio? Cadê a atenção? Cadê? Ninguém liga, ninguém se importa com literatura, ninguém se importa com arte.
Minha mãe sempre me diz: "Tudo tem seu tempo", mas eu sinto aqui dentro que o meu tempo está passando, e que eu vou acabar desistindo de vez de tudo isso por PURA FALTA DE APOIO.
O que está acontecendo é a pura e clara repetição de um ciclo que nunca acaba na minha vida: eu começo algo, dedico-me totalmente a isto, tento tocar o projeto adiante, mas por falta de apoio eu sempre acabo desistindo. O volume um de "As Dellabóboras" está na gaveta para ser publicado desde 2008, e o que não faltaram foram promessas de uns e de outros que depois de um tempo sumiram e esqueceram. E aqui estou eu. Parado no tempo. Sempre parado no tempo. Nem pra frente, nem pra trás. Aqui estou eu.
Vou lutar com todas as minhas forças para fazer deste meu último urro artístico o mais audível possível, e se eu não conseguir, sinto muito, estarei erguendo a bandeira branca para a sociedade e vou me entregar de uma vez ao comum, ao tedioso, ao corriqueiro, ao convencional. Mas não vou desistir, não vou desistir sem antes lutar, JURO QUE NÃO VOU, não vou vacilar uma única vez antes de cair por terra enfim.
Afinal de contas eu sou Lilith, o Rei dos Monstros, deus pagão da arte e da libertação, da dança e da criatividade e da expressão. Eu não posso desistir sem usar todas as minhas forças de criatura do submundo, todas as minhas forças sobrenaturais! Eu não posso me render sem antes usar as minhas garras e as minhas presas contra a alienação, não posso! Eu vou lutar para que meu último uivo artístico seja ouvido, vou usar de todos os meus artifícios, nem que eu tenha de enfrentar tudo sozinho como agora. CANAVARLAR será ouvido, alguém vai ter de ouvir, desta vez vou uivar tão alto quanto o mais feroz dos lobos da floresta.
É o uivo final da arte.
O uivo final da minha arte.
E vou usá-lo da melhor maneira possível.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Lilith's Appeal


Please, give me technology
Please, give me art
Please, give me the design
Please, qive me blood
Give me blood to feed my pop heart
Give me a reason to scream
Give me the music
Give me the dance
Give me the pagan
Please, I need more to feed my pop heart

O Beijo


Um beijo (do latim basium) é o toque dos lábios com qualquer coisa, normalmente uma pessoa. Na cultura ocidental é considerado um gesto de afeição. Entre amigos, é utilizado como cumprimento ou despedida. O beijo nos lábios de outra pessoa é um símbolo de afeição romântica ou de desejo sexual - neste último caso, o beijo pode ser também noutras partes do corpo, ou ainda o chamado beijo de língua, em que as pessoas que se beijam mantêm a boca aberta enquanto trocam carícias com as línguas.
Os mais antigos relatos sobre o beijo remontam a 2500 a.C., nas paredes dos templos de Khajuraho, na Índia. Diz-se que na Suméria, antiga Mesopotâmia, as pessoas costumavam enviar beijos aos deuses. Na Antiguidade também era comum, para gregos e romanos, o beijo entre guerreiros no retorno dos combates.
Era uma espécie de prova de reconhecimento. Aliás, os gregos adoravam beijar. Mas foram os romanos que difundiram a prática. Os imperadores permitiam que os nobres mais influentes beijassem seus lábios, e os menos importantes as mãos. Os súditos podiam beijar apenas os pés. Eles tinham três tipos de beijos: o basium, entre conhecidos; o osculum, entre amigos; e o suavium, ou beijo dos amantes.
Na Escócia, era costume o padre beijar os lábios da noiva ao final da cerimônia. Acreditava-se que a felicidade conjugal dependia dessa benção. Já na festa, a noiva deveria beijar todos os homens na boca, em troca de dinheiro. Na Rússia, uma das mais altas formas de reconhecimento oficial era o beijo do czar.
No século XV, os nobres franceses podiam beijar qualquer mulher. Na Itália, entretanto, se um homem beijasse uma donzela em público, era obrigado a casar imediatamente. No latim, beijo significa toque dos lábios. Na cultura ocidental, ele é considerado gesto de afeição. Entre amigos, é utilizado como cumprimento ou despedida; entre amantes e apaixonados, como prova da paixão.
Mas é também um sinal de reverência, ao se beijar, por exemplo, o anel do Papa ou de membros da alta hierarquia da Igreja. No Brasil, D. João VI introduziu a cerimônia do beija-mão: em determinados dias o acesso ao Paço Imperial era liberado a todos que desejassem apresentar alguma reivindicação ao monarca. Em sinal de respeito, tanto os nobres, como as pessoas mais simples, até mesmo os escravos, beijavam-lhe a mão direita antes de fazer seu pedido. Esse hábito foi mantido por D. Pedro I e por
D. Pedro II.




(...)




Sim, aconteceu exatamente isto que você está pensando.
Meu BV foi para o espaço.
Se é que hoje em dia ainda chamam de BV.
Acho que eu era o último adolescente da geração completamente puro, agora nem isso eu sou mais. Quais os valores que me restaram, em nome de Jesus, se eu ando tão preguiçoso que acabei ficando pra reavaliação em várias matérias?! Ah, já sei, acho que eu sou consideravelmente meigo, amável e solidário... ESPERO NÃO ESTAR PASSANDO POR UMA CRISE DE EGOCENTRISMO AGORA, mas o fato é que, o beijo francês, de língua, ou seja lá como chamam, me ensinou muitas coisas:
1 - O que vemos na TV é algo completamente superficial em comparação ao que acontece de verdade, o toque dos lábios e das línguas é muito mais do que carnal, é uma conexão espiritual entre duas almas que se encontram e trocam informações que o corpo jamais entenderia, eu mesmo não estou entendendo NADA até agora. Porque eu passei o final de semana completamente angustiado quanto à isto.
2 - É COMPLETAMENTE INADIMISSÍVEL sair beijando qualquer um em baladas/micaretas! AS PESSOAS NÃO TEM NOÇÃO DE COMO UM BEIJO É UMA COISA ÍNTIMA, você está abrindo o seu mundo interno para outra pessoa, e eu é que não vou abrir as portas da minha alma para UMA PESSOA QUE EU CONHECI HÁ 5 MINUTOS.
3 - Se os olhos são as janelas da alma, a boca é a porta dela.
4 - Depois de beijar pela primeira vez, aos 17 anos, passei a ter nojo da boca das outras pessoas, exceto da boca que me tocou pela primeira vez. É bem estranho, não sei se isso aconteceu com vocês, mas eu peguei ASCO de abraços e beijos de pessoas estranhas. EU NÃO CONSIGO ME IMAGINAR BEIJANDO OUTRA PESSOA, em resumo.
5 - EU FIQUEI MUITO CANSADO DEPOIS DE TUDO O QUE ACONTECEU. Porque a pessoa que me beijou fez uma coisa estranha, sugou o ar dos meus pulmões e depois devolveu-o umas duas ou três vezes, e foi o ÁPICE do prazer, eu nunca senti nada TÃO BOM EM TODA A MINHA VIDA, isso vai virar meu ópio, a minha cocaína. Mas acho que esse negócio dos pulmões é muito perigoso, porque desde que isso aconteceu, eu sinto como se algo estivesse faltando aqui dentro, como se a pessoa tivesse levado uma parte de mim com aquele sopro O_O
6 - NÓS REALMENTE FICAMOS DIFERENTES DEPOIS DO PRIMEIRO BEIJO, meus amigos acham que eu fiquei mais sério, mais pensativo, mais compreensível. Mexe tanto com o emocional quanto com o físico, até a minha aparência está melhor, deve ter mexido com meus hormônios, com certeza G.G
7 - BEIJO É AMOR OK, abaixo a pegação em balada u.ú

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Parabéns, The Fatcat House!


Esquecido como sou, acabei de me lembrar que dia 8 deste mês, The Fatcat House comemorou um ano de postagens, e como eu ando com a minha vida totalmente de pernas pro ar, não deu tempo de preparar um especial bacana pra vocês, então, fica aqui os meus parabéns para esse cesto cheio de tecidos ásperos, macios, elásticos e às vezes até sedosos, essa verdadeira casa de gato que é esse blog!

Ode à Mim Mesmo

Minha pele é feita da mais fina seda

Minha carne é feita de leite e mel

Meus olhos são da cor do chocolate

Meus cabelos negros como a noite

Escorrem sobrenaturalmente sobre os meus ombros

Ode à mim

Ode à mim

Pois se eu não me admirar

Pois se eu não me amar

Quem vai?

Quem vai?

Venha me morder

Venha tirar um pedaço

Venha mordiscar desse manjar

Te desafio a me tocar.

Lilith


Aquele que uiva para a lua nas noites mais quentes

Aquele que dança na chuva usando um manto de linho e ouro

Aquele da máscara vermelha que o cega

Da coroa dourada de quatro sóis flamejantes

Aquele que governou no Japão Feudal como um demônio

Aquele que foi rei na Pérsia e na Turquia mais de uma vez

E dominou com mão de ferro toda a Rússia

Suas garras de ouro são mais compridas que o firmamento

E da sua boca jorra sangue e prazer

A pele branca como a neve

Torna-o filho do sobrenatural, do que é escuro e do que é pagão

Lilith, Rei dos Monstros

Filho da madrugada e da tempestade

Aquele que devora a arte como um canibal devora a carne do seu adversário

Aquele que suga o sangue que corre nas veias dos poetas

Que jorra dos quadros mais belos pintados pelos mais sanguinários pintores

Aquele que dança, que canta

Que atua, que muda como um caleidoscópio.

Aquele que atravessou o espaço para reinar na terra

Como o deus da Arte e do Orgasmo

O profano, mas divino

O sagrado, mas corrompido

Lilith, Rei dos Monstros

Lilith, Rei dos Monstros

Lilith, Rei dos Monstros

Lasar Segall


Lasar Segall, em russo, Лазарь Сегал, em lituano, Lozarius Segalas (1891-1957), foi um pintor e escultor lituano que apresentou pela primeira vez a arte moderna ao público brasileiro. No ano de 1923, Lasar Segall mudou-se definitivamente para o Braisil. Já era um artista conhecido. COntudo, foi aqui que, segundo suas próprias palavras, sua arte conheceu o milagre da luz e da cor.

Seus feitos são louváveis, sua arte, única, deixou marca como, por assim dizer, "o cabeça" da Semana da Arte Moderna, ou semana de 22, e posso até ser audacioso o bastante a ponto de me identificar com ele, no quesito de irreverência e inovação no ramo da Arte, mas não é exatamente por isso que nunca esquecerei o nome deste homem...

Sim, eu não sabia escrever o nome dele direito, afinal de conta, nós não sabemos tudo, não é mesmo? É claro que foi muito descaramento levantar a prova pra a garota que estava sentada do meu lado e perguntar: "É assim que se escreve?". Mal eu sabia que a professora estava de olho em mim, o aluno acima de todas as suspeitas como sempre fui, apesar de me safar e safar meus amigos várias vezes em provas como aquelas com trocas de informações furtivas quando o monitor estava distraído, mas atire a primeira pedra quem nunca colou.

A senhora gritou meu nome e em um piscar de olhos estava do meu lado, tomando a minha prova e a da minha colega de classe, dando um sermão do qual e só prestei atenção a um único ponto: "se isto tivesse ocorrido numa sala de vestibular, vocês sairiam de lá escoltados pela polícia federal!"

- O ESTADO CONTRA ANTONIO FERNANDES - o martelo do juiz bateu dentro da minha cabeça, mas nem essa pancada foi o bastante para clarear a minha mente a ponto de enxergar todo o caos que estaria por vir a partir daquele momento inoportuno. Em resumo, a ficha demorou a cair.

3 provas.

Um simulado.

Dois garotos.

Uma professora.

Dois possíveis zeros.

E agora?

Tudo bem, para mim, que tinha a prova de Artes em branco no momento do ocorrido (justamente a matéria para a qual eu pretendo prestar vestibular num futuro não tão distante), a professora passou uma atividade extra que talvez fosse me ajudar, se não fossem os impecilhos da direção. Algo muito maior viria por aí ainda, e sorrisos cordiais, conversas sobre como erros nos fazem aprender mais do que os acertos jamais me ajudariam no que estaria por vir, afinal, um assassino por mais arrependido que esteja nunca escapa da cadeira elétrica, a justiça, a lei, as duas nunca levam em consideração qualquer tipo de culpa, e por mais que o acusado jure de pés juntos que aprendeu a lição, alguém há de ser punido. Não importa o que se faça.

E então, exatamente uma semana depois, eu tinha certa entrevista com a televisão de manhã cedo, por isso me evadi dos primeiros horários desta quinta feira, e acabou que a entrevista foi adiada para o final do mês, mas a viagem não estava perdida naquele dia nublado de Abril, um Abril chuvoso, úmido e abafado. No supermercado, eu comi o meu primeiro Kinder Ovo da Joy, sonho de infância, que por causa das circunstâncias e da vida corrida que eu sempre levei, acabei por provar somente após tantos anos, agora, aos 17, montei a minha primeira surpresa. Um robô.

Só que eu não havia esquecido de que naquela mesma quinta feira, seria a troca de chocolates da minha sala de aula, e por isso tratei de comprar uma caixa em formato de coração para a mesma garota que estava ao meu lado e que teve a prova tomada na manhã fatídica de uma quarta feira muito passada e agora aparentemente tão distante.

Eu poderia ter deixado para entregar o chocolate na sexta.

Mas a garota estava me telefonando e cobrando o chocolate dela.

Eu poderia ter chegado em casa e lavado meu cabelo com o shampoo novo.

Mas não, eu insisti em entrar na hora do intervalo.

E insisti também para que a minha mãe subisse, só para que eu pudesse desfilar divinamente ao lado da beleza em pessoa que ela é. Nós dois, mãe e filho, dois divos natos.

A orientadora estava esperando, quase que comicamente, com a minha prova em cima da sua mesinha azul, tão temida por todos nós. Sentada diante dela estava a professora de português, as duas com toda a certeza decidiam o meu destino naquele momento, ela que era uma das "donas" do simulado, ela que tinha a sua prova encadernada com as outras naquela manhã, levantou-se rapidamente e tratou de sair da sala quando viu mamãe entrar.

- Foi muito bom mesmo a senhora ter vindo, temos de ter uma conversa séria - a porta foi fechada.

E foi assim que eu caí na melhor e mais bem arquitetada armadilha que o destino já me preparara em toda a história, eu diria que foi teatral, que foi fenomenal, coisa de novela mesmo, tudo aconteceu direitinho, nos conformes para que os fatos corressem certamente para a direção predestinada. Como um rio turbulento que levasse a mim e a minha mãe diretamente para diante da mesinha azul. Foi perfeito, perfeito, como se alguém tivesse escrito detalhadamente cada passo meu naquela manhã. Coincidência, muitos diriam, e alguns matemáticos tratariam de fazer cálculos malucos, exatamente como aqueles que eu deixei de fazer na última prova de Física, entregada em branco.

- O que está acontecendo com o Antonio?

Foram umas das indagações ali feitas.

- Talvez nós tenhamos uma expectativa acima da média por ele, talvez nós esperemos demais dele. - foram umas das respostas formuladas ali.

- Exatamente, ele é um ser humano, não uma máquina - disse a minha mãe - ele também está propenso a erros, ele não é perfeito.

- Só sei que nos foi muito decepcionante, nunca esperávamos algo assim vindo de alguém como ele.

Após mais uma indagação sobre o que estaria acontecendo comigo, a palavra a mim foi dada enfim.

- Eu tenho aulas de manhã e de tarde quatro dias na semana, acima de estudar está também descansar, meus dias estão curtos e eu estou envolvido na produção de uma peça de teatro que não pode parar agora, e ainda tenho outros projetos à parte, eu tenho de faltar às vezes para comparecer à reuniões importantes, e isso está me esgotando, eu não consigo fazer tudo ao mesmo tempo.

- Então está na hora de rever tudo isso. - disse a orientadora - ele é muito jovem para ter tantas responsabilidades ao mesmo tempo, está na hora de priorizar certas coisas, e o estudo é uma delas, o estudo deve estar acima de tudo, Antonio.

Dois rostos cheios de indagações me secando ao mesmo tempo.

Minha mãe se perguntando porque diabos eu não havia contado isso para ela antes, sabendo que ela jamais brigaria comigo por uma coisa daquelas.

E a orientadora, que aparentemente me endeusava, como a maioria dos professores, estava se perguntando o que esperar de mim depois de tudo isso.

Em minha opinião, e na opinião de minha mãe também, o que estava acontecendo ali era uma grande tempestade em copo d'água, para falar a verdade.

E eu poderia jurar que tudo aquilo só estava acontecendo porque se tratava de mim, e não de um aluno qualquer.

Tratava-se do escritor, do garoto, agora um rapaz, que foi para um congresso no ano de 2008, aquele que de vez em quando mostra a cara na televisão, aquele que tem um blog de opinião, aquele que sabe interpretar um texto e uma imagem como ninguém, aquele que adora história e redação. E que nunca na história havia errado tão feio antes.

O que eu tenho a dizer de tudo isso?

Simplesmente não sou uma máquina.

Eu sou gente também, de carne e osso como qualquer um.

Até mesmo as máquinas estão propensas à erros de vez em quando, não é verdade?

Erros fazem parte da história da humanidade, erros existem para que possa haver acertos no futuro, e eu não nasci feito só de acertos, não sou o perfeito prodígio, eu sou um adolescente impulsivo às vezes também, este é o espírito da Stella.

Os professores agora me olham com desconfiança.

E aqueles que eu já suspeitava de não gostarem de mim agora com certeza tem motivos para agirem como quiserem para comigo.

Mas, sabe, pra mim tanto faz, tenho outras coisas muito importantes para me preocupar... Consegui enfim juntar os outros quatro integrantes do que eu chamo de O Círculo dos Monstros, e agora o elenco principal está formado, o que nos resta agora é reunir os outros 20 dançarinos coadjuvantes que representarão a legião de adoradores dos Cinco Antigos. Assim que eu reunir todo esse pessoal, nossa peça estará pronta para encenar, e isso é um grande passo!

E há também outras grandes urgências com estudar (e pagar) para fazer a segunda chamada do simulado, no qual faltei por motivos de consulta médica no começo dessa semana. Vou conversar com a Darcy pra ver como vai ficar essa situação, agora de imediato eu não tenho como pagar MESMO.

Hum, e é isso gente, é a vida! Fazer o que?!

Em pensar que justamente no começo desse ano, eu chorei na mesa do jantar porque tinha medo, medo de que as pessoas fizessem expectativas demais de mim, e eu não fosse tudo isso o que elas pensam.















Guess what? I’m not a robot, a robot!
Guess what? I’m not a robot, a robot!


Marina And The Diamonds - I Am Not A Robot

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Maxilares

Stefani Joanne Angelina Germanotta nasceu em 26 de Março de 1986 em Nova York, EUA.

Tida como a esquisita, a excêntrica, a doida da escola, era a estranha entre as pessoas "normais" que assim se dizem.

Em 2008, ela estourou o mundo com Poker Face.

No final de 2009, ela chocou o mundo com Bad Romance.

E em 2010 ela promete muito, muito mais. Já começou estourando com Telephone.

Esta mulher é quem me faz regar as esperanças de que há um futuro no mundo pra gente como eu.

Ela me faz sentir especial, diferente dos outros, ela é a minha inspiração, eu praticamente a respiro dia após dia.

Depois de ver no que ela se tornou, posso apostar que toda aquela gente patética, medíocre e normal que um dia riu dela está de queixo caído. Pois ela se tornou muito mais do que todos eles puderam sonhar em ser, a mente dela foi muito, muito mais além da mente de todos os que ela conhecia, um ícone da liberdade de expressão, Stefani, agora Lady Gaga, inova a cada dia, e torna o bizarro algo cada vez mais admirável.

Sabe o que eu digo para quem me aponta o dedo?

Sabe o que eu digo para quem inventa boatos sem fundamento sobre mim?

Sabe o que eu digo para quem faz deboche das minhas ideias?

Sabe o que eu digo para quem me acha um doido, um noiado, um fora de órbita?

Sabe o que eu digo para quem quer me colocar pra baixo?

Sabe o que eu digo para quem ri de mim?

Olhem bem

Olhem bem para a cara desta mulher

Olhem bem para o rosto dela

E que ele fique marcado na memória de cada um de vocês

E que tudo o que este rosto fez e ainda vai fazer fique marcado na memória de vocês

Porque um dia serei eu

A estar no lugar dela

E vocês estarão com os maxilares atravessando a crosta terrestre

Ao verem do que eu fui capaz.